A Apple aprovou, nesta sexta-feira (5), a loja da Epic Games para iPhone e iPad. Ainda sem data de lançamento, ela será exclusiva para usuários da União Europeia, já que o bloco obrigou a marca da maçã a abrir seu sistema a outros métodos de distribuição de aplicativos.
A aprovação, porém, não veio sem drama. A Epic Games revelou que a Apple rejeitou duas vezes sua loja. Em mais um capítulo da briga que se arrasta desde 2020, a desenvolvedora de Fortnite acusou a marca da maçã de agir de forma arbitrária e violar a legislação da União Europeia — desde janeiro, a Apple não pode impedir instalação direta e lojas de terceiros no iPhone.
Segundo a Epic Games, a Apple alegava que botões e etiquetas usados pela empresa em sua loja de games são muito parecidos com os usados na App Store.
A desenvolvedora se defendeu: “Estamos usando ‘Instalar’ e ‘Compras no app’, nomes que seguem convenções usadas em lojas de aplicativos populares em múltiplas plataformas”, escreveu a Epic em sua conta no X (antigo Twitter). A companhia também considerava estar seguindo as convenções de botões para apps do iOS.
Apple aponta problemas, mas aprova loja
A Apple respondeu às alegações da Epic Games dizendo que, nas normas para desenvolvedores, existe a regra de que lojas de terceiros não podem ser semelhantes à App Store para evitar confusões entre os consumidores.
A empresa reconhece que a Epic seguiu esta diretriz, mas que o botão de download era uma cópia do mesmo elemento da loja de aplicativos da Apple. Horas depois da primeira sequência de posts, a Epic Games voltou ao X para comunicar que a Apple aprovou sua loja.
Procurada pela agência de notícias Reuters, a Comissão Europeia recusou comentar o caso. O braço executivo do bloco investiga se a Apple violou as regras de mercados digitais ao criar uma nova série de regras, procedimentos e taxas para os desenvolvedores que querem distribuir seus apps por fora da App Store.
Com informações: Reuters